quarta-feira, 17 de julho de 2013

O Exame de Suficiência ajuda a melhorar o ensino superior contábil?


O ensino superior contábil, neste início de década, apresenta mudanças. Algumas estruturas curriculares dos cursos de graduação já sofreram alterações a fim de atender às importantes atualizações da profissão, trazidas pela chegada ao Brasil da lei estadunidense Sarbanes-Oxley, e pela adoção das normas internacionais de contabilidade. No entanto, a grande mudança está em plena efetivação e tem como motivador o exame de suficiência realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para a obtenção do registro profissional.
O exame havia vigorado entre os anos 2000 e 2004, através de Resolução do CFC, sendo suspenso por determinação judicial. As estatísticas mostram a evolução que sua aplicação trouxe para o ensino contábil, com a melhoria dos índices de aprovação a cada edição do exame. Após discussões no congresso, a Lei 12.249/2010 foi aprovada, contendo novos requisitos à profissão contábil, entre elas a obrigatoriedade do exame de suficiência. Esta exigência acrescenta uma variável para o aluno, pois, com a necessidade da aprovação no exame, não basta mais o diploma para a obtenção do registro. Todas as áreas de conhecimento estudadas na graduação são cobradas numa prova em que o bacharel precisa obter mais de 50% de acertos, pois o objetivo é comprovar obtenção de conhecimento médio, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso.
O aluno que está prestes a concluir sua graduação e fez, ou fará em breve, o exame de suficiência pôde perceber as mudanças no ensino ocasionadas pelo exame de suficiência. Hoje, é comum encontrar professores aplicando questões desta avaliação e de provas de concursos para ambientar os alunos a esta etapa necessária àqueles que buscarão o registro profissional. Essa preocupação inexistia antes da obrigatoriedade do exame e permaneceu até a realização do primeiro certame em Março de 2011, porém o baixo índice de aprovação geral trouxe preocupação aos alunos, aos professores e às instituições. Esses índices chegaram a aumentar em Setembro de 2011, mas voltaram a cair em Março de 2012, gerando tensão entre aqueles que ainda enfrentariam este desafio. Vale ressaltar que a procura pelo curso superior de contabilidade não caiu, uma vez que há boas oportunidades de trabalho ocasionadas pela escassez de profissionais no mercado, pelas restrições impostas aos técnicos – que também buscaram a graduação – e pelas novas exigências da legislação, entre elas o Sistema Público de Escrituração Digital.
O exame consolidou-se. As instituições de ensino superior entenderam a importância de preparar os seus alunos para esta exigência legal. Os graduandos entenderam a importância do exame de suficiência e do registro profissional, passando a preocupar-se com o exame. Muitos deles chegam a realizar grupos de estudo ou procuram cursos preparatórios. Também existe, entre os alunos, o entendimento de que o exame talvez seja, neste momento, o método de avaliação que melhor defina a qualidade de um curso ainda que as notas individuais não sejam publicadas, e sim, apenas se o candidato foi aprovado.
Surge, como nova tendência, a possibilidade de que os resultados obtidos no exame de suficiência possam ser utilizados pelos profissionais como diferencial na busca de um lugar no mercado de trabalho, assim como pelo marketing das instituições de ensino que formaram os alunos que obtiveram boas notas.
Fonte: Jornal do Comércio - 10/07/2013 (Fala Profissional)

Exame de Suficiência


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